Os Pensadores
“O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz.”
Aristóteles
Aristóteles
Biografia deste importante filósofo grego, filosofia grega, história do pensamento, principais obras, quatro causas.
Aristóteles: um dos maiores filósofos de todos os tempos.
Introdução
O Filósofo grego Aristóteles nasceu em 384
a.C., na cidade antiga de Estágira, e morreu em 322 a.C. Seus pensamentos
filosóficos e idéias sobre a humanidade tem influências significativas na
educação e no pensamento ocidental contemporâneo. Aristóteles é considerado o
criador do pensamento lógico. Suas obras influenciaram também na teologia medieval da cristandade.
Biografia e linha de pensamento filosófico
Aristóteles foi viver em
Atenas aos 17 anos, onde conheceu Platão, tornando seu discípulo. Passou o ano
de 343 a.C. como preceptor do imperador Alexandre, o Grande, da Macedônia.
Fundou em Atenas, no ano de 335 a.C, a escola Liceu, voltada para o estudo das
ciências naturais. Seus estudos filosóficos baseavam-se em experimentações para
comprovar fenômenos da natureza.
O filósofo valorizava a
inteligência humana, única forma de alcançar a verdade. Fez escola e seus
pensamentos foram seguidos e propagados pelos discípulos. Pensou e escreveu
sobre diversas áreas do conhecimento: política, lógica, moral, ética, teologia,
pedagogia, metafísica, didática, poética, retórica, física, antropologia,
psicologia e biologia. Publicou muitas obras de cunho didático, principalmente
para o público geral. Valorizava a educação e a considerava uma das formas
crescimento intelectual e humano. Sua grande obra é o livro Organon, que reúne
grande parte de seus pensamentos.
“O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato
reflete.”
Aristóteles
Em
1996, descobriu-se em Atenas, Grécia, o sítio arqueológico onde funcionou o
Liceu - a escola fundada por Aristóteles (384-322 a.C.), para concorrer com a
Academia, a escola anterior, fundada por seu antigo professor, Platão (427-347
a.C.). A fundação do Liceu não reflete nenhuma ingratidão do discípulo com seu
mestre, que por sinal já havia morrido cerca de dez anos quando a escola
aristotélica surgiu (336 a.C.).
Aluno de Platão, a quem reconhecia o gênio, Aristóteles passou a discordar de uma ideia fundamental de sua filosofia e, então, o pensamento dos dois se distanciou. Talvez seja esse o ponto de partida para se falar da obra filosófica aristotélica.
Platão concebia a existência de dois mundos: aquele que é apreendido por nossos sentidos - por assim dizer, o mundo concreto -, que está em constante mutação; e um outro mundo - abstrato -, o mundo das ideias, imutável, independente do tempo e do espaço, que nos é acessível somente pelo intelecto.
Aluno de Platão, a quem reconhecia o gênio, Aristóteles passou a discordar de uma ideia fundamental de sua filosofia e, então, o pensamento dos dois se distanciou. Talvez seja esse o ponto de partida para se falar da obra filosófica aristotélica.
Platão concebia a existência de dois mundos: aquele que é apreendido por nossos sentidos - por assim dizer, o mundo concreto -, que está em constante mutação; e um outro mundo - abstrato -, o mundo das ideias, imutável, independente do tempo e do espaço, que nos é acessível somente pelo intelecto.
O mundo da experiência
Para
Aristóteles, existe um único mundo: este em que vivemos. Só nele encontramos bases
sólidas para empreender investigações filosóficas. Aliás, é o nosso
deslumbramento com este mundo que nos leva a filosofar, para conhecê-lo e
entendê-lo.
Aristóteles sustenta que o que está além de nossa experiência não pode ser nada para nós. Nesse sentido, ele não acreditava e não via razões para acreditar no mundo das ideias ou das formas ideais platônicas.
Porém, conhecer o mundo da experiência, "concreto", foi um desejo ao qual Aristóteles se entregou apaixonadamente. Assim, ele descreveu os campos básicos da investigação da realidade e deu-lhes os nomes com que são conhecidos até os nossos dias: lógica, física, política, economia, psicologia, metafísica, meteorologia, retórica e ética.
Aliás, ele inventou também os termos técnicos dessas disciplinas e eles também se mantêm em uso desde então. Exemplos? Energia, dinâmica, indução, demonstração, substância, essência, propriedade, categoria, proposição, tópico, etc.
Aristóteles sustenta que o que está além de nossa experiência não pode ser nada para nós. Nesse sentido, ele não acreditava e não via razões para acreditar no mundo das ideias ou das formas ideais platônicas.
Porém, conhecer o mundo da experiência, "concreto", foi um desejo ao qual Aristóteles se entregou apaixonadamente. Assim, ele descreveu os campos básicos da investigação da realidade e deu-lhes os nomes com que são conhecidos até os nossos dias: lógica, física, política, economia, psicologia, metafísica, meteorologia, retórica e ética.
Aliás, ele inventou também os termos técnicos dessas disciplinas e eles também se mantêm em uso desde então. Exemplos? Energia, dinâmica, indução, demonstração, substância, essência, propriedade, categoria, proposição, tópico, etc.
O que é ser?
Aristóteles aplicou a lógica, antes de mais nada, para responder a uma questão que lhe parecia a mais importante de todas: o que é ser?, ou, em outras palavras, o que significa existir? Primeiramente, o filósofo constatou que as coisas não são a matéria de que se constituem.
Por exemplo, uma pilha de telhas, outra de tijolos, vigas e colunas de madeira não são uma casa. Para se tornarem casa, é necessário que estejam reunidas de um modo determinado, numa estrutura muito específica e detalhada. Essa estrutura é a casa; e os materiais, embora necessários, podem variar.
Com o tempo, nosso corpo está em constante mutação - transforma-se da infância para adolescência, desta para a idade adulta e, finalmente, para a velhice. Nem por isso deixamos de ser nós mesmos. Da mesma maneira, um cão é um cão em virtude de uma organização e estrutura que ele compartilha com outros cães e que o diferencia de outros animais que também são feitos de carne, pelos, ossos, sangue...
As quatro causas
Para
Aristóteles uma coisa é o que é devido a sua forma.
Como, porém, o filósofo entende essa expressão? Ele compreende a forma como a
explicação da coisa, a causa de algo ser aquilo que é. Na verdade, Aristóteles
distingue a existência de quatro causas diferentes e complementares:
- Causa material: de que a coisa é feita? No exemplo da casa, de tijolos.
- Causa eficiente: o que fez a coisa? A construção.
- Causa formal: o que lhe dá a forma? A própria casa.
- Causa
final: o que lhe deu a forma? A intenção do construtor.
Embora Aristóteles não seja materialista (vimos que a forma não é a matéria), sua explicação do mundo é mundana, está no próprio mundo. Finalmente, para o filósofo, a essência de qualquer objeto é a sua função. Diz ele que, se o olho tivesse uma alma, esta seria o olhar; se um machado tivesse uma alma, esta seria o cortar. Entendendo isso, entendemos as coisas.
Mas o pensamento aristotélico não se limitou a essa área da filosofia que podemos chamar de teoria do conhecimento ou epistemologia. Deixando de lado os domínios que deram origem a outras ciências e nos limitando à filosofia propriamente dita, Aristóteles ainda refletiu sobre a ética, a política e a poética (que, no caso, compreende não apenas a poesia, mas a obra literária e teatral).
- Ética e Politica
No campo da ética, segundo Aristóteles, todos nós queremos ser felizes no sentido mais pleno dessa palavra. Para obter a felicidade, devemos desenvolver e exercer nossas capacidades no interior do convívio social.
Aristóteles acredita que a auto-indulgência e a autoconfiança exageradas criam conflitos com os outros e prejudicam nosso caráter. Contudo, inibir esses sentimentos também seria prejudicial. Vem daí sua célebre doutrina do justo meio, pela qual a virtude é um ponto intermediário entre dois extremos, os quais, por sua vez, constituem vícios ou defeitos de caráter.
Por exemplo, a generosidade é uma virtude que se situa entre o esbanjamento e a mesquinharia. A coragem fica entre a imprudência e a covardia; o amor-próprio, entre a vaidade e a falta de auto-estima, o desprezo por si mesmo. Nesse sentido, a ética aristotélica é uma ética do comedimento, da moderação, do afastamento de todo e qualquer excesso.
Para Aristóteles, é a ética que conduz à política. Segundo o filósofo, governar é permitir aos cidadãos viver a vida plena e feliz eticamente alcançada. O Estado, portanto, deve tornar possível o desenvolvimento e a felicidade do indivíduo. Por fim, o indivíduo só pode ser feliz em sociedade, pois o homem é, mais do que um ser social, um animal político - ou seja, que precisa estabelecer relações com outros homens.
O papel da arte A poética tem, para Aristóteles, um papel importantíssimo nisso, na medida em que é a arte - em especial a tragédia - que nos proporciona as grandes noções sobre a vida, por meio de uma experiência emocional. Identificamo-nos com os personagens da tragédia e isso nos proporciona a catarse, uma descarga de desordens emocionais que nos purifica, seja pela piedade ou pelo terror que o conflito vivido pelas personagens desperta em nós.
Tudo isso é, evidentemente, um resumo ultra-sintético do pensamento aristotélico. Sua obra é gigantesca, apesar de a maior parte dela ter se perdido ao longo dos tempos. O que chegou até nós corresponde a 1/5 de sua produção. São notas suas e de seus discípulos que passaram nas mãos de estudiosos da Antiguidade, da Idade Média (parte dos quais em países islâmicos), e que foram reorganizadas pela posteridade.
Pensamento
de Aristóteles sobre a educação:
"A educação tem raízes amargas, mas os frutos são doces". Aristóteles (D.L. 5, 18).
"A educação tem raízes amargas, mas os frutos são doces". Aristóteles (D.L. 5, 18).
Principais obras de Aristóteles:
- Ética e Nicômano
- Política
- Órganon
- Retórica das Paixões
- A poética clássica
- Metafísica
- De anima (Da alma)
- O homem de gênio e a melancolia
- Magna Moralia (Grande Moral)
- Ética a Eudemo
- Física
- Sobre o Céu
- Política
- Órganon
- Retórica das Paixões
- A poética clássica
- Metafísica
- De anima (Da alma)
- O homem de gênio e a melancolia
- Magna Moralia (Grande Moral)
- Ética a Eudemo
- Física
- Sobre o Céu
Frases
de Aristóteles:
·
"O verdadeiro discípulo é aquele
que consegue superar o mestre."
·
"A principal qualidade do estilo
é a clareza."
·
"O homem que é prudente não diz
tudo quanto pensa, mas pensa tudo quanto diz."
·
"O homem livre é senhor de sua
vontade e somente escravo de sua própria consciência."
·
"Devemos tratar nossos amigos
como queremos que eles nos tratem."
·
"O verdadeiro sábio procura a
ausência de dor, e não o prazer."
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Atitude é o que prescisamos!
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